Campanha tem como principal foco a preservação e a educação, mas com a marca do social com a doação de cadeiras de rodas arrecadas com o material destinado à reciclagem

Com quantas tampinhas de plástico a gente pode contribuir com um mundo melhor? Uma; duas; três, milhares delas retiradas do meio ambiente, onde levariam cerca de 150 a 200 anos para se decomporem. Com quantas tampinhas a gente pode ajudar a um cadeirante? Exatamente: 350 quilos do material.

Desde 2013, o Rotary Clube Anápolis trouxe para o Município o projeto Tampamania, idealizado por Ademir Pereira da Silva, do Rotary Clube de Goiânia-União Campineira, pertencente ao Distrito 4530 do Rotary International. Hoje, de tampinha em tampinha arrecadada na campanha, já foram adquiridas e distribuídas a pessoas necessitas e entidades sociais, 20 cadeiras de roda.

Nesta terça-feira, 15, outras 10 cadeiras foram adquiridas na campanha através da parceria firmada com a Universidade Estadual de Goiás (UEG), dentro do programa Trote Solidário.
O coordenador da campanha Tampamania, o empresário Willian Sabino Rodrigues, sócio fundador do Rotary Clube Anápolis, é um entusiasta da iniciativa que, conforme diz, tem seu principal foco na questão ambiental. “Já pensou o bem que a gente está gerando para a qualidade de vida das pessoas, retirando da natureza essa quantidade de tampinhas que levariam séculos para desaparecer?”, indaga, acrescentando que aliado a isso, a campanha buscou outro viés, também importante, que é a solidariedade.

Willian Sabino explica que, hoje, o projeto Tampamania está muito bem estruturado, com uma rede de parceiros, desde o comprador do material arrecadado, passando pelos parceiros de logística, para fazer com que o material doado chegue até à empresa de reciclagem e, é claro, o parceiro fundamental: a comunidade, ou seja, as pessoas que fazem as doações. E não para por aí. As cadeiras de roda são, também, adquiridas junto a parceiros, tornando os preços mais acessíveis. A iniciativa, a cada dia, aumenta o seu círculo de parcerias, dentre elas, o Laboratório Teuto, a UEG, a Faculdade Fama, o Colégio Crescer/Gente Miúda, dentre outros, e o apoio das demais casas de Rotary de Anápolis. Há, conforme disse, toda uma corrente de bem que impulsiona o projeto, que deixou de ser um “braço” do que foi criado na Capital, para onde, inicialmente, eram enviadas as arrecadações.

Conforme Willian Sabino, a dinâmica do Tampamania leva, ainda, a outras vertentes, quais sejam: a educação ambiental, com a demonstração de importância do que cada pessoa pode fazer em prol do meio ambiente e a educação, inclusive, com o lado social que envolve a doação das cadeiras de rodas.

O coordenador estima que em torno de quase 10 milhões de tampinhas foram destinadas à reciclagem, portanto, foram retiradas da natureza ou das ruas, onde também causam problema, uma vez que contribuem para entupir os sistemas de drenagem urbana. Além disso, lembra William Sabino, uma pequena tampa plástica pode acumular água e se transformar num criadouro do mosquito da dengue, da chikungunya e do vírus zika.

O projeto Tampamania é uma iniciativa permanente e quem tem angariado a cada dia novos parceiros. É importante que as pessoas saibam que só são recebidas as doações de tampas plásticas, só não as de embalagens de fertilizantes. A iniciativa do Rotary Clube Anápolis é, também, chancelada pelo Distrito 4530.

Autor(a): Claudius Brito

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